quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amor Platônico

Se diz amor platônico aquele que a gente não alcança nunca. Eu sei que o termo vem de Platão, um filósofo grego, mas nSe diz amor platônico aquele que a gente não alcança nunca. Eu sei que o termo vem de Platão, um filósofo grego, mas não sei se ele amava platônicamente. Eu acho que não, o que não dá sentido nenhum à expressão.
É que eu penso que o amor platônico deve ser o único amor que se realiza por completo. Ele não precisa de reciprocidade, é único e sobrevive sozinho. É alimentado pela ilusão da pessoa perfeita, aquela que não dá trabalho, não fala a coisa errada na hora errada e não faz xixi de porta aberta. E, claro, quem está vivendo dentro da ilusão não se dá conta que aquilo ali é fruto de uma imaginação para lá de fértil.
Quem ama platônicamente sabe que o barato está em criar situações que na vida real nunca se realizariam. Você e ela dentro de um castelo. Você e ele numa praia deserta, ele descobre o seu amor aos poucos e vai se encantando com a pessoa maravilhosa que você é, até acabar perdidamente apaixonado. Lindo, lindo.
Eu conheci um cara que amou uma amiga só de olhar para a menina. Ele escreveu músicas para ela, fez um blog falando da beleza dela - ela era a musa inspiradora dele- e eles nunca tinham trocado uma única palavra. Dia desses, ela cogitou escrever para ele e desenvolver a relação. Meu conselho de amiga? Fuja desse tipo. Paixão assim tem apenas 3 fins:
1) Como ele criou uma personagem tão inatingível que nunca nenhuma mulher real vai chegar perto disso, a primeira discussão que os dois tiverem, vai ser com ele dizendo: "Eu nunca PENSEI que você fosse assim".
2) Ela vai suprir as necessidades dele e vai ser uma mulher maravilhosa. Toda vez que ela querer sair, ele vai pensar que outros também vão querê-la. Começa um romance do tipo "Atração Fatal".
3) Ele vai perceber que ela é uma mulher real, que chora, ri, se estressa com o chefe e tem TPM. Ela se apaixona por ele. Ele dá um pé na bunda dela, porque ele precisa de uma "musa", alguém frio e distante.
Quando se ama de longe, dá para acreditar que podemos fazer tudo pelo ser-amado. É essa força que faz um amor platônico sobreviver e se tornar o mais duradouro de todos os tempos.
O mais legal é que todos os envolvidos sabem que nunca daria certo, quase uma espécie de "benchmark". No filme "Minha vida sem mim", a personagem - que tem uma doença incurável - faz uma lista de pedidos simples antes de morrer. Um deles é que alguém diga que a ama incondicionalmente - mesmo ela sendo muito bem casada e feliz. É a necessidade de ser amada e de viver uma grande paixão, sabendo que nunca se concretizará.
O que me faz concluir que a gente precisa de uma paixão não-realizada para viver. Uma que ligue no dia do seu casamento e peça para você não casar- mesmo que faça anos que vocês dois não se vejam. É o amor pelo que "deveria-ter-sido", não pelo "o-que-realmente-é".
Como diz no fim do filme Amores Perros: "Também somos aquilo que perdemos". ão sei se ele amava platônicamente. Eu acho que não, o que não dá sentido nenhum à expressão.
É que eu penso que o amor platônico deve ser o único amor que se realiza por completo. Ele não precisa de reciprocidade, é único e sobrevive sozinho. É alimentado pela ilusão da pessoa perfeita, aquela que não dá trabalho, não fala a coisa errada na hora errada e não faz xixi de porta aberta. E, claro, quem está vivendo dentro da ilusão não se dá conta que aquilo ali é fruto de uma imaginação para lá de fértil.
Quem ama platônicamente sabe que o barato está em criar situações que na vida real nunca se realizariam. Você e ela dentro de um castelo. Você e ele numa praia deserta, ele descobre o seu amor aos poucos e vai se encantando com a pessoa maravilhosa que você é, até acabar perdidamente apaixonado. Lindo, lindo.
Eu conheci um cara que amou uma amiga só de olhar para a menina. Ele escreveu músicas para ela, fez um blog falando da beleza dela - ela era a musa inspiradora dele- e eles nunca tinham trocado uma única palavra. Dia desses, ela cogitou escrever para ele e desenvolver a relação. Meu conselho de amiga? Fuja desse tipo. Paixão assim tem apenas 3 fins:
1) Como ele criou uma personagem tão inatingível que nunca nenhuma mulher real vai chegar perto disso, a primeira discussão que os dois tiverem, vai ser com ele dizendo: "Eu nunca PENSEI que você fosse assim".
2) Ela vai suprir as necessidades dele e vai ser uma mulher maravilhosa. Toda vez que ela querer sair, ele vai pensar que outros também vão querê-la. Começa um romance do tipo "Atração Fatal".
3) Ele vai perceber que ela é uma mulher real, que chora, ri, se estressa com o chefe e tem TPM. Ela se apaixona por ele. Ele dá um pé na bunda dela, porque ele precisa de uma "musa", alguém frio e distante.
Quando se ama de longe, dá para acreditar que podemos fazer tudo pelo ser-amado. É essa força que faz um amor platônico sobreviver e se tornar o mais duradouro de todos os tempos.
O mais legal é que todos os envolvidos sabem que nunca daria certo, quase uma espécie de "benchmark". No filme "Minha vida sem mim", a personagem - que tem uma doença incurável - faz uma lista de pedidos simples antes de morrer. Um deles é que alguém diga que a ama incondicionalmente - mesmo ela sendo muito bem casada e feliz. É a necessidade de ser amada e de viver uma grande paixão, sabendo que nunca se concretizará.
O que me faz concluir que a gente precisa de uma paixão não-realizada para viver. Uma que ligue no dia do seu casamento e peça para você não casar- mesmo que faça anos que vocês dois não se vejam. É o amor pelo que "deveria-ter-sido", não pelo "o-que-realmente-é".
Como diz no fim do filme Amores Perros: "Também somos aquilo que perdemos".